Faixa une elementos de world music, sonoridades brasileiras e narrativa espiritual em um formato contemporâneo mixado em Dolby Atmos pelo estúdio Vortex Immersive
Uma entidade, um cavaco com escala moura, um beat de trap e a voz que chega antes da música começar — “Zé do Cais” estreia desenhando o universo que Mensageiros do Invisível começam a revelar em seu primeiro álbum.
“Zé do Cais”, lançado em 5 de dezembro pela Batida de Todos os Santos, inaugura oficialmente o duo Mensageiros do Invisível, formado por Zeo Guinle e Pérola B.. A faixa apresenta o ponto de partida do álbum do duo, unindo referências de world music, narrativa espiritual e a presença do músico convidado Pedro Paulo Portella.
A música se constrói em camadas que cruzam trap, trip-hop, samba e elementos tradicionais da música brasileira. Conga, cuíca, xequerê, cavaquinho e sintetizadores formam a base de um arranjo que se mantém orgânico mesmo dentro de uma estética urbana. O cavaquinho trazido por Pedro Paulo Portella incorpora uma leitura melódica que dialoga com escalas mouras — algo que ressoa na ideia de “cais” e nas influências lusitanas marcadas pela herança moura.
A narrativa central nasce dos ensinamentos atribuídos à entidade que dá nome à faixa. Logo no início, uma voz em off — registrada durante um processo religioso — abre a música e introduz o diálogo entre mestre e discípula que conduz a história. A mixagem em Dolby Atmos amplia a experiência, projetando a faixa para um ambiente imersivo, especialmente perceptível em fones de ouvido ou sistemas compatíveis.
Zeo Guinle e Pérola B descrevem a criação como um processo guiado pela busca da “malandragem necessária para caminhar com firmeza num mundo conturbado”, como afirmam. O duo explica que a música aborda escolhas, caminhos e a necessidade de equilíbrio entre firmeza e bondade. “É uma mensagem densa, mas com leveza. Um diálogo que expõe um aprendizado importante”, definem.
“É uma história de superação, muitas vezes nos falta Malandragem para sobreviver num mundo conturbado, firmes, no caminho do bem. Quando somos “bonzinhos” muitas vezes pessoas passam por cima da gente, se aproveitam de nossa boa vontade. Essa música nos ensina a observar melhor, aprender a jogar e desenvolver a Malandragem necessária para caminhar com firmeza num mundo onde muitas vezes o mal domina, dentro e fora da gente, mas sem perder a bondade nem a boa vontade.”
Na construção da base instrumental, o duo buscou referências que atravessam samba, música urbana e elementos simbólicos associados à figura da malandragem. O uso de trap, hip-hop, percussões brasileiras e texturas de world music serviu como ponto de união entre essas referências. Sobre o processo, contam: “Queríamos algo envolvente e leve como a Malandragem, o berço do samba carioca, numa leitura contemporânea”.
A participação de Pedro Paulo Portella adicionou novas camadas ao conceito. “Sentimos que faltavam cordas e convidamos o Pedro. Ele trouxe uma leitura interessante, unindo a ideia de cais às escalas árabes presentes na música lusitana”, explicam. A presença da voz em off — atribuída à entidade Zé do Cais — completa o significado do single, reforçando a forma como o duo interpreta relatos e conselhos recebidos em seu processo criativo.
Mensageiros do Invisível é o duo formado pelo veterano das pistas de dança do Brasil e de dezenas de países, Zeo Guinle e da cantora e artista plástica renomada, Pérola B, artistas com trajetórias distintas que convergem na fusão entre espiritualidade, música brasileira e influências globais. O duo desenvolve narrativas baseadas em aprendizados espirituais e transforma essas histórias em obras que combinam tradição, experimentação e paisagens sonoras contemporâneas.
“Zé do Cais” marca a primeira etapa do álbum dos Mensageiros do Invisível e antecipa a continuidade dessa narrativa no próximo single, “Cigano do Oriente”. A faixa está disponível em todas as plataformas digitais. Acompanhe a gravadora Batida de Todos os Santos no Instagram e também os artistas mensageirosdoinvisivel, zeoguinle, perolabonfanti, pedropauloportella
